INSTABILIDADE CLÍNICA E RADIOLÓGICA (IMAGEM)

Existem basicamente dois tipos de instabilidade vertebral em doenças degenerativas da coluna lombar que poderão necessitar de algum procedimento de estabilização.

• Instabilidade clínica
• Instabilidade radiológica

INSTABILIDADE CLÍNICA

Para a maioria dos especialistas em coluna, a presença de sinais clínicos de instabilidade seria mais significativa que a simples presença de instabilidade radiológica na determinação do melhor tratamento em pacientes acometidos de doença degenerativa de coluna.
Os sinais clínicos de instabilidade lombar se caracterizam por dores nas costas acompanhadas ou não de dores na (s) perna (s) com característica recorrente também conhecida como lombalgia ou lombociatalgia recidivante. Ela apresenta características mecânicas, isto é, melhora em repouso e piora em atividades. É importante salientar que nem sempre a instabilidade radiológica é acompanhada de instabilidade clínica e vice-versa. Porém, existe consenso na literatura de que para se obter sucesso terapêutico é de fundamental que haja estrita correlação entre o quadro clínico e radiológico.

P.S.: Os laudos radiológicos simplesmente descrevem alterações estruturais da coluna, não tendo nenhum significado em relação à causa, origem da dor ou necessidade de tratamento. Infelizmente, no nosso meio, muitos médicos e auditores de operadores de saúde baseiam-se somente em laudos radiológicos para indicar ou determinar conduta médica e/ou cirúrgica.

INSTABILIDADE RADIOLÓGICA

Para avaliarmos radiologicamente a instabilidade utilizamos as radiografias dinâmicas da coluna e a ressonância magnética. Reservamos alguns casos para tomografia computorizada quando se quer obter detalhes ósseos.

Radiografia: são realizadas radiografias da coluna em incidências anteroposterior (AP), perfil (P) e perfil dinâmica (flexão e extensão). Consideramos como sendo instável (critério de White e Panjabi), quando constatamos desvio em translação maior que 4 mm entre as vértebras adjacentes e angulação maior que 10 graus em radiografias de perfil em flexão e extensão.
Ressonância magnética dinâmica: ainda não disponível no Brasil. Permite “visualizar” a coluna em movimento. Seria o exame de escolha para avaliarmos a instabilidade do segmento motor em situações de cotidiano do paciente.

INSTABILIDADE VERTEBRAL: ASPECTOS ESQUEMÁTICO E IMAGENOLÓGICO