ESPECIALISTA EM COLUNA

QUE ESPECIALIDADE MÉDICA TRATA DOENÇAS DE COLUNA VERTEBRAL?

A coluna vertebral não é uma sub especialidade médica reconhecida oficialmente pelos Entidades Médicas (CRM, CFM). Diversas especialidades médicas tratam de pacientes acometidas de doenças de coluna vertebral, tais como a ortopedia, a reumatologia, neurologia, clínica geral, neurocirurgia, anestesista e a fisiatria.


QUE ESPECIALIDADE MÉDICA OPERA COLUNA VERTEBRAL? Ortopedista ou Neurocirurgiao?

O ortopedista geral tem boa formação em doenças de coluna vertebral e está capacitado a fazer diagnóstico e tratamento na maioria dos casos, porém, diante de “sinais de alerta”, isto é; dor que não melhora com tratamento conservador bem efetuado por pelo menos um mês, dor que piora em repouso e à noite, dor persistente em crianças e idosos, recomenda-se que procure ortopedista ou neurocirurgião com sub especialização em coluna vertebral e preferencialmente cirurgiões que realizam procedimentos e cirurgias minimamente invasivas de coluna.

QUANDO A CIRURGIA ESTÁ INDICADA? Convencional ou Minimamente Invasiva?

Noventa porcento das doenças de coluna são de origem degenerativa e as principais causas de dores nas costas são devidas às lesões capsulo-músculo-ligamentares da coluna, sendo que a grande maioria dos pacientes acometidos se curam em menos de um mês com tratamento conservador bem efetuados. Uma pequena minoria acometida por doenças mais sérias, tais como a hérnia de disco, estenose de canal, osteoartrose facetária e fratura do corpo vertebral provocada pela osteoporose, refratárias ao tratamento conservador, podem necessitar de algum procedimento. E nesses casos, recomendo os procedimentos e técnicas minimamente invasivas por serem menos invasivas e permitirem rápida recuperação.

AS TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS SÃO SEGURAS E EFICIENTES (EFETIVAS)?

Sim, desde que sejam bem indicadas, efetuadas e acompanhadas. Qualquer técnica cirúrgica tem de ser maximamente efetiva e minimamente invasiva. E tem de ser mais efetivas que as técnicas convencionais.

1. Indicação: ser bem indicada significa ter estrita correlação da clínica com os exames de imagens. É importante que o especialista saiba interpretar as imagens, pois, os laudos de imagens, não expressam nenhum significado em relação à causa, ao tipo de lesão, à dor ou a necessidade de tratamento. É comum, médicos e auditores de planos de saúde, basearem em laudos de imagem para ditarem condutas médicas; não sendo raro presenciarmos indicações não corretas e evoluções insatisfatórias.

2. Execução: técnicas minimamente invasivas são um conjunto de técnicas que apresentam curva de aprendizado muito longa. E algumas técnicas necessitam de muita habilidade que poucos conseguem dominá-las no seu estado da arte. Um bom exemplo disso são os procedimentos percutâneos póstero-laterais lombares da coluna, tais como a endoscopia transforaminal da coluna para tratamento de hérnia de disco e estenose foraminal lombar.

3. Seguimento pós operatório: mesmo que a cirurgia tenha sido bem indicada e executada com técnica adequada, não garante necessariamente bom resultado clínico a curto e a longo prazo. O pós-operatório bem efetuado por uma equipe multidisciplinar evita diversas complicações inerentes à cirurgia, tais como a infecção e o tromboembolismo, como também, a ocorrência de complicações e recidivas a médio e longo prazo.