A ARTRODESE OU FIXAÇÃO ESTÁTICA DA COLUNA

Até recentemente, a lombalgia (e/ou lombociatalgia), devida à hérnia discal recorrente ou estenose de canal vertebral com instabilidade que não melhoravam com o tratamento conservador, a única opção disponível era a artrodese da coluna. A artrodese ou fusão vertebral consiste em um conjunto de técnicas cirúrgicas em que se fundem as vértebras com o intuito de estabilizar a coluna. A artrodese é uma técnica que se iniciou há cerca de 100 anos para o tratamento de tuberculose de vertebral e tem evoluído em relação às vias de acesso cirúrgico e tipos de implantes para fixação vertebral (plif, tlif, olif, exlif, alif, etc.). Porém, o princípio de tratamento continua antiquado, pois, fundir as vértebras aumenta a possibilidade da ocorrência de síndrome juncional, isto é, degeneração precoce dos segmentos vertebrais adjacentes, podendo incorrer em novas cirurgias em futuro. Na literatura, os bons resultados das artrodeses variam de 30 a 85% dependendo da técnica cirúrgica empregada. Concomitante à substituição de artrodeses por artroplastia em articulações em diversas articulações como o quadril e joelho, houve nas últimas duas décadas uma “tendência” a substituir as artrodese de coluna por artroplastia discal, porém, o tempo nos mostrou que as artroplastia de coluna não eram superiores às artrodeses, mas com possibilidade de ocorrer mais complicações relacionados ao acesso cirúrgico e aos implantes (figura 1). Atualmente, nas doenças degenerativas da coluna, onde haja necessidade de se estabilizá-la, preferimos técnicas que estabilizam a coluna e preservam parcialmente a mobilidade vertebral, também conhecidas como fixação dinâmica de coluna ***.

Aspecto esquemático e radiológico de um tipo de artrodese vertebral (esquerda); artrodese com fixação pedicular (centro) e artroplastia discal (direita)