
A ORIGEM DOS PROCEDIMENTOS PERCUTÂNEOS NA COLUNA

Aspecto esquemático de punção de disco pelo acesso transforaminal (Parviz Kambin)
Todas as técnicas de discectomia percutâneas lombares, inclusive as discectomia endoscópicas transforaminais, também conhecidas como procedimentos percutâneos póstero-laterais lombares, se originam da técnica descrita originalmente por Robertson; Ball (1935) e posteriormente aperfeiçoado por Craig (1956), para a realização de biópsia da coluna vertebral, na época guiado por aparelho de raios-x (figura 1).

Figura 1: aspecto esquemático de biópsia vertebral por punção (Craig – 1956)
DISCOGRAFIA
Todos os procedimentos percutâneos póstero-laterais (transforaminais) lombares são normalmente precedidas por punção discal e injeção de contraste radiológico misturado com corantes (azul de metileno/índigo carmine) através do forame intervertebral pela técnica de discografia (figura 2).
A discografia foi durante muito tempo utilizada como método diagnóstico auxiliar da dor discogênica (discografia funcional), porém, os estudos mais recentes mostram que a discografia provocativa realizada em disco normal (controle) é nociva e pode acelerar a sua degeneração. Por isso, atualmente, a discografia tem o seu uso restrito em disco doente, em algumas técnicas de discectomia percutânea transforaminal como parte integrante da técnica: ou para visualizar a morfologia do disco pela radioscopia ou para corar o disco doente para diferenciar do disco saudável em alguns procedimentos endoscópicos.

Figura 2a: punção discal

Figura 2b: disco normal

Figura 2c: disco anormal
QUIMIONUCLEÓLISE (discectomia percutânea química)
Consiste em puncionar o disco intervertebral e injetar a “quimopapaina” que é uma enzima proteolítica derivada de “papayalátex” para promover dissolução enzimática do núcleo pulposo e diminuir a capacidade dos proteoglicanos de se ligarem às moléculas de água, provocar a retração do tecido nuclear, o colapso do espaço discal e consequentemente a diminuição da pressão intradiscal.
Smith (1963) administrou pela primeira vez a quimopapaina no interior do disco intervertebral para tratar hérnia discal lombar. Esse procedimento tem sido efetuado em mais de 300.000 pacientes nas décadas de setenta e oitenta em todo o mundo com eficácia relatada de aproximadamente 80%, em pacientes selecionados. Infelizmente, relatos de ocorrência de graves complicações tais como mielite transversa, paraplegia, choque anafilático e até mesmo óbito (Brown, 1996), tem limitado o seu uso na década de noventa e posteriormente abandonada.
DISCECTOMIA PERCUTÂNEA AUTOMÁTICA (discectomia percutânea aspirativa)
Consiste em puncionar o disco e aspirar o núcleo pulposo através de um dispositivo de corte e aspiração simultânea feita automaticamente, com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa. Esse dispositivo foi idealizado pelo radiologista Onik (1985) e calcula-se que o procedimento já foi efetuado em mais de 100.000 pacientes na década de noventa somente nos EUA com relatos na literatura de 70 a 80% de índice de sucesso em pacientes selecionados (Maroon et al.,1989; Davis e Onik,1989).
No nosso meio, existem várias versões similares, tais como a fabricada pela Claurus medical que dispõe de cânulas de procedimento que variam de 2,0 a 3,5 mm de diâmetro e o Dekompressor (Stryker) com cânula de 1,5mm e outros. Atualmente, a discectomia percutânea automática é considerada uma alternativa ao tratamento cirúrgico de hérnias discais contidas sintomáticas, porém, a popularidade desse procedimento tem declinado e praticamente abandonada no nosso meio por vários motivos: complexidade de procedimento, falta de controle de quantidade de material removido, custo do equipamento, eficácia questionável e disponibilidade de técnicas mais modernas (figura 3).

Figura 3: aspecto esquemático de discectomia percutânea aspirativa (automática) de Onik
DISCECTOMIA PERCUTÂNEA A JATO D’AGUA (discectomia percutânea aspirativa)
Consiste em puncionar o disco e aspirar o núcleo pulposo através de um dispositivo de corte e aspiração simultânea feita automaticamente com feixes de jatos d’agua a uma velocidade de 960 km/hora com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa. A hidrodiscectomia é a versão modernizada da discectomia automática de Onik e foi introduzida no Brasil no ano de 2008. A hidrodiscectomia apresenta além do efeito descompressivo do disco, permite a lavagem com soro fisiológico e remoção de substâncias químicas, mediadoras de inflamação do disco e do nervo, do interior do disco doente. Atualmente, a hidrodiscectomia tem sido a nossa opção preferencial no tratamento de hérnias discais contidas pequenas e médias, isto é; de 3 a 6 mm de extensão. A hidrodiscectomia é uma técnica segura e efetiva em 90% dos nossos pacientes desde que seja bem indicada e efetuada por especialista em coluna habilitada (figura 4).

Figura 4: aspecto cirúrgica da hidrodiscectomia (Spinejet)
DISCECTOMIA PERCUTÂNEA MECÂNICA
Consiste em puncionar o disco e promover extração manual do material nuclear através de pinças cirúrgicas especiais com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa. A discectomia percutânea mecânica foi idealizada por Hijikata (1975) e existe relatos na literatura que os bons resultados variam de 60 a 85% em pacientes selecionado. (Kambin e Sampson (1986), Hijikata (1989), Kambin e Schaffer (1989), Hoppenfeld (1989), Graham (1989), Schreiber et al. (1989), Stern (1989), Monteiro et al. (1989)).
A discectomia percutânea mecânica, pela limitação inerente ao método (incapacidade de remover a hérnia localizada em canto posterior e póstero-lateral do disco), foi o precursor de todos os procedimentos percutâneos endoscópicos transforaminais lombares, seja para discectomia ou foraminoplastia (figura 5).

Figura 5: aspecto cirúrgico de discectomia percutânea transforaminal (duplo acesso) vídeo endoscópica nos anos 90 (Parviz Kambim)
DESCOMPRESSÃO DISCAL PERCUTÂNEA A LASER DIODO (discectomia percutânea térmica)
Consiste em puncionar o disco e promover a vaporização do material nuclear através de emissão de LASER com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa. Os pioneiros na aplicação de LASER em seres humanos foram Asher e Choy em 1986 na Universidade de Graz na Áustria. Segundo alguns autores (Choy et al. (1992), Botsford (1994), Casper et al. (1996), o índice de sucesso era superior a 75% em pacientes adequadamente selecionados. Essa técnica fez grande sucesso na década de noventa, vindo a declinar gradativamente no início do terceiro milênio devido ao alto custo dos equipamentos e falta de estudo científico que comprove a sua efetividade. Porém, essa técnica quando bem indicada e executada continua sendo uma alternativa à cirurgia (microcirurgia) no tratamento de hérnia discal contida pequena (menor que 1/3 do diâmetro do canal vertebral) (figura 6).

Figura 6: aspecto cirúrgico de discectomia percutânea à laser diodo (eletrônico)
DESCOMPRESSÃO DISCAL PERCUTÂNEA POR RADIOFREQUÊNCIA (discectomia percutânea térmica/Nucleoplastia)
Consiste em puncionar o disco e promover a vaporização do material nuclear através de emissão de energia térmica (40 a 70 0C) gerada por uma faixa específica de radiofrequência bipolar com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa. A Nucleoplastia é um procedimento percutâneo indicada para tratamento de hérnia discal contida sintomática pequena (< 3 mm). Pinzon, 2001 e Mirzai (2007) relatam bons resultados em cerca de 90% dos pacientes. Introduzimos a Nucleoplastia no Brasil em 2002 e amplamente utilizada até o fim da década passada, obtendo índice de sucesso terapêutico superior a 90% em pacientes adequadamente selecionados e tecnicamente executada. No nosso meio, a Nucleoplastia está muito associada a cirurgia minimamente invasiva da coluna e ao seu contínuo desenvolvimento; ajudou também a reduzir drasticamente a realização de cirurgia de artrodese vertebral, vindo a beneficiar muito pacientes acometidos de hérnia discal contida. Atualmente a Nucleoplastia tem apenas a importância histórica, pois, o seu uso vem decaindo gradativamente e hoje praticamente não mais efetuada; principalmente devido ao advento de técnicas mais modernas e efetivas, tais como a Hidrodiscectomia (SpineJet).
DESCOMPRESSÃO DISCAL PERCUTÂNEA E ANULOPLASTIA POR ENERGIA TÉRMICA (discectomia e anulopastia percutânea térmica)
Consiste em puncionar o disco e promover a descompressão discal através de emissão de energia térmica gerada através de um filamento metálico com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa; e promover concomitantemente a contração (shrink) de fibras colágenos e de nociceptores presentes em porção posterior do anel fibroso (origem da dor discogênica) (Freemont et l., 1997; Shah et al., 2001). O IDET, abreviação do “intradiscal electrotherapy”, (Smith & Nephew) está indicado principalmente para o tratamento de dor discogênica lombar (lombalgia discogênica).O IDET foi aprovado pelo FDA em 1998 (Saal e Saal, 1998) e foi introduzido no Brasil no ano de 2005.Segundo a grande maioria dos autores (Karasek e Bogduk, 2000; Bogduk e Karasek, 2002; Kapural et al., 2005), o IDET apresenta bons resultados em torno de 75% dos casos em pacientes bem selecionado e executado. Entre as diversas técnicas percutâneas que existem tanto para o tratamento da dor discogênica lombar, o IDET é a única que tem estudos clínicos randomizados (Pauza et al., 2004; Freeman et al., 2005). Apesar de controverso, existe um consenso entre os adeptos desta técnica de que o IDET é uma opção minimamente invasiva para o tratamento da dor discogênica após a falha de tratamento conservador, pois, pode evitar em até 75% a cirurgia convencional (artrodese) que é muito invasiva com resultado não muito satisfatório, existindo trabalhos que mostram serem piores que o tratamento conservador. O IDET veio a preencher uma lacuna terapêutica existente entre o tratamento conservador e o cirúrgico convencional no tratamento da dor lombar crônica (dor discogênica). Infelizmente, por questões mercadológica e não científica, esse produto já não está disponível no nosso meio (figura 7).

Figura 7: aspecto esquemático e cirúrgico de eletroterapia intradiscal (IDET)
DISCECTOMIA PERCUTÂNEA MECÂNICA ASSOCIADA A RADIO FREQÜÊNCIA (discectomia e anulopastia percutânea térmica/Disc-Fx)
Consiste em puncionar o disco e promover a descompressão discal mecanicamente associada ao dispositivo de radiofrequência bipolar (triggerflex) com o intuito de diminuir pressão intradiscal e aliviar a pressão na periferia do disco e consequentemente a pressão sobre a raiz nervosa; e promover concomitantemente a contração (shrink) de fibras colágenos e de nociceptores presentes em porção posterior do anel fibroso. Disc-Fx é um dispositivo percutâneo indicado para o tratamento da dor discogênica e/ou hérnia discal contida pequena e média. (3 a 6 mm). Esse dispositivo teve aprovação de FDA no fim de 2006 e começou a ser utilizada por no Brasil no começo de 2008. Os resultados clínicos preliminares (Tsou et al em 2004) indicavam índice de sucesso ao redor dos 80%, porém, o seu uso vem decaindo progressivamente em nosso meio devido à disponibilização de outras técnicas mais seguras, efetivas e custo efetivas.
DISCECTOMIA PERCUTÂNEA ENDOSCÓPICA (transforaminal e interlaminar)
A discectomia percutânea endoscópica lombar (DPEL) consiste na extração mecânica da hérnia discal com o auxílio de instrumental especialmente desenvolvido e introduzido através de uma cânula incorporado a uma microcâmera de alta definição também conhecido como endoscópio ou artroscópio de coluna. Nos primórdios do seu desenvolvimento, a endoscopia de coluna tinha acesso estritamente foraminal, reservando o acesso interlaminar para a técnica microscópica que ainda hoje é considerada o “padrão ouro” no tratamento cirúrgico de hérnia discal lombar. Os bons resultados clínicos da DPEL transforaminal eram cerca de 88% dos casos (Kambin, 1992), mas, com o contínuo desenvolvimento dos instrumentos cirúrgicos e ópticos, o índice de bons resultados foi progressivamente aumentando (Yeung e Tsou, 2002; Ruetten et. al., 2005) até os dias de hoje. Em 2006, Sang et. al. relataram a superioridade da DPEL transforaminal em relação à microdiscectomia, obtendo bons resultados em 96,7% dos pacientes. Atualmente, a DPEL transforaminal e a interlaminar são consideradas uma das maiores conquistas tecnológicas na área da coluna vertebral nas últimas duas décadas. Com a popularização do procedimento os custo dos equipamentos foram diminuindo, a habilidade dos cirurgiões foram melhorando e os resultados clínicos cada vez melhores. Atualmente, na nossa clínica, a endoscopia de coluna para hérnia discal e em alguns casos de estenose, tem sido o nosso tratamento de escolha.
Atualmente, com a experiência adquirida ao longo dos últimos vinte anos, realizamos a DPEL (transforaminal/interlaminar) com anestesia geral com bastante segurança e efetividade; uma vez que a anestesia geral propicia mais conforto para o paciente como para a equipe cirúrgica; apesar da técnica endoscópica interlaminar ser similar à técnica microscópica, a técnica é muito menos traumática, possibilita recuperação mais rápida e diminui a possibilidade de complicações, tais como a fístula liquórica, fibrose epidural, peridural e de infecções. Desde a sua introdução no Brasil, no ano de 2000, quando provamos a segurança do método, através de tese intitulada “Contribuição anatômica aplicada aos procedimentos percutâneos póstero-laterais lombares” defendida no Instituto de Ortopedia da Faculdade de Medicina da USP, temos preferido na maioria dos casos, o acesso transforaminal e em segunda opção a interlaminar; e a satisfação dos nossos pacientes tem sido acima de 95%, superior às técnicas microcirúrgicas. Atualmente, a endoscopia de coluna (transforaminal e interlaminar) é o nosso “padrão ouro” para todos os tipos de hérnia discal em qualquer segmento da coluna vertebral; e passou a ser a nossa primeira opção também em estenose de canal vertebral lombar (figura 8 e 9).

Figura 8: aspecto cirúrgico da discectomia percutânea endoscópica transforaminal lombar

Figura 9: aspecto cirúrgico da discectomia percutânea endoscópica interlaminar lombar
Obs.: a cirurgia de coluna por via Endoscópica entrou para o rol de procedimentos de cobertura mínima e obrigatória da Agência Nacional de Saúde (ANS) em vigor a partir da data de 01.04.2021, conforme Resolução Normativa – RN 465, de 24 de fevereiro de 2021.
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